Grêmio, de Bolzan, pisa nos funcionários e debocha da Justiça,
Publicada - 15/08/2016A atitude implicante que o presidente do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense (GFPA), Romildo Bolzan Júnior, adotou com relação aos empregados, chegou ao extremo da tolerância.
A intransigência, que provocou impasse na negociação desde maio de 2015, já é a marca da negociação de 2016, que segue aberta sem que o clube sequer concorde em conceder o índice inflacionário do período de 12 meses, sem falar da negativa em atender quaisquer reivindicações no campo social.
Mas o problema que o Grêmio criou para os funcionários vai além do desprezo à convenção coletiva de trabalho. O clube se nega a conceder cesta-básica, corta plano de saúde e não admite que o empregado venda 10 dias das férias, como permite a lei.
PRÁTICA ANTI-SINDICAL DENUNCIADA NA OIT
E para piorar, o GFPA ainda persegue funcionários e demite, sem justa causa, os sindicalistas que tomam a frente na defesa dos colegas e de toda a classe. Pela gravidade do tema, o assunto foi parar em Genebra, na Suíça, na sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Seria melhor que a diretoria do Grêmio reconhecesse que está errando e restaurasse o clima de normalidade, que não existe no ambiente do Tricolor. Outra vez, prevalece a arrogância do presidente Romildo Bolzan Júnior, que se julga acima de instituições como Ministério Público e a própria Justiça, quando debocha de decisões e descumpre recomendações de natureza legal.
Os trabalhadores do Grêmio seguirão resistindo aos ataques da diretoria e à perseguição sistemática que sofrem diariamente. O sindicato, que já ajuizou inúmeras ações contra o clube, seguirá brigando para que os clubes esportivos respeitem o direito dos empregados, nos termos da lei.
Miguel Salaberry Filho é presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas e secretário nacional de Relações Institucionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A intransigência, que provocou impasse na negociação desde maio de 2015, já é a marca da negociação de 2016, que segue aberta sem que o clube sequer concorde em conceder o índice inflacionário do período de 12 meses, sem falar da negativa em atender quaisquer reivindicações no campo social.
Mas o problema que o Grêmio criou para os funcionários vai além do desprezo à convenção coletiva de trabalho. O clube se nega a conceder cesta-básica, corta plano de saúde e não admite que o empregado venda 10 dias das férias, como permite a lei.
PRÁTICA ANTI-SINDICAL DENUNCIADA NA OIT
E para piorar, o GFPA ainda persegue funcionários e demite, sem justa causa, os sindicalistas que tomam a frente na defesa dos colegas e de toda a classe. Pela gravidade do tema, o assunto foi parar em Genebra, na Suíça, na sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Seria melhor que a diretoria do Grêmio reconhecesse que está errando e restaurasse o clima de normalidade, que não existe no ambiente do Tricolor. Outra vez, prevalece a arrogância do presidente Romildo Bolzan Júnior, que se julga acima de instituições como Ministério Público e a própria Justiça, quando debocha de decisões e descumpre recomendações de natureza legal.
Os trabalhadores do Grêmio seguirão resistindo aos ataques da diretoria e à perseguição sistemática que sofrem diariamente. O sindicato, que já ajuizou inúmeras ações contra o clube, seguirá brigando para que os clubes esportivos respeitem o direito dos empregados, nos termos da lei.
Miguel Salaberry Filho é presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas e secretário nacional de Relações Institucionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Publicado Jornal do Comércio - Porto Alegre/RS
Opinião - edição 15/08/2016 - segubnda-feira - pag. 4.