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UGT promove debate sobre PEC 241

UGT promove debate sobre PEC 241Publicada - 31/10/2016
Com o objetivo de melhorar a percepção sobre o que é a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC241), que congela os recursos orçamentários do Governo por 20 anos (o que significa que os governos não podem gastar acima da inflação) e instituindo um novo regime fiscal, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou, na manhã desta segunda-feira, na sua sede, em São Paulo, um debate em que reuniu os economistas Roberto Luis Troster e Antônio Carlos Moraes.

O encontro contou com a presença dos dirigentes ugetistas José Roberto Santiago Gomes, vice-presidente, José Moacyr Pereira, secretário de Finanças, Francisco Pereira de Sousa Filho (Chiquinho), Secretário de Organização e Políticas Sindicais, entre dirigentes de outras secretarias da UGT e sindicalistas de entidades filiadas a central.

Desta forma, ao promover o confronto de ideias tão distintas em relação a este tema, uma vez que Antônio Carlos é contra e Roberto Luis é favorável a PEC241, a UGT cumpre seu papel democrático e inovador de buscar a compreensão dos fatos para depois se posicionar. “Este evento é fundamental para que a UGT não tome decisões afobadas”, explicou Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Para o professor Roberto Luis Troster, o Brasil precisa sim de mudanças e instituir um teto para os gastos públicos é seguir a velha receita de não gastar mais do que se arrecada. O economista apresentou dados que desde o início da recessão, o país vem acumulando déficit e que qualquer medida de ajuste fiscal, mesmo sendo amarga precisa ser adotada imediatamente, correndo o risco do Brasil se aprofundar numa crise ainda pior.

Tese contestada pelo professor Antonio Carlos, que acha incoerente relacionar os gastos de uma nação, com o orçamento doméstico, uma vez que quanto mais um país investe, mais ele gera emprego e renda, o que faz movimentar toda a sua estrutura econômica. Além disso, Moraes apresentou dados explicando que nem o Fundo Monetário Internacional (FMI) é favorável ao corte de gastos públicos antes que os países, afetados por crises consigam sair de suas recessões.

O debate, que teve transmissão via internet, seguiu nesse tom e contribuiu para que os dirigentes ugetistas pudessem refletir e tomar as suas decisões em relação ao um tema tão fundamental para a população brasileira.

A partir de agora, o Instituto de Altos Estudos da UGT (IAE), em parceria com os economistas da central serão responsáveis por elaborar uma proposta e apresentar o caminho que a Central deve seguir. “Temos uma responsabilidade muito grande pois, para termos uma ideia, antes do Governo Federal mandar a proposta da previdência, a UGT foi consultada. Por isso que não podemos tomar uma decisão sem o conhecimento da causa. Sabemos que essa é uma decisão política, mas queremos que essa deliberação tenha fundamento concreto por meio de estudos. E nisso o IAE é ferramenta importantíssima nesse processo”, concluiu Patah,



Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT